sexta-feira, 19 de junho de 2015

MANIFESTO DIOCESE DE CRICIÚMA CONTRA A QUEIMA DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS NO SUL DE SC


 

DIOCESE DE CRICIÚMA
Estado de Santa Catarina - SC

 
 



Manifesto em favor da vida

Somos a favor da vida! A cada ano a Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil tem se manifestado em favor da vida através da Campanha da Fraternidade promovida pela CNBB e que nos dá o caminho a ser seguido.
No ano de 1979 a Igreja Católica iniciou sua trajetória de campanhas como tema: “Preserve o que é de todos” Já se falava em preservar a água, o ar, a flora e a fauna. Em 2004 novamente a Igreja Católica sai para as ruas com o tema: “Fraternidade e Água” e o lema: Água Fonte de Vida” ressaltando a importância de se preservação da água, sendo esta uma necessidade de todos os seres vivos.
Em 2007 com tema: “Fraternidade e Amazônia” e o lema “ Vida e Missão Neste Chão” questionava o desmatamento, a destruição de nossas florestas, e com isso também a destruição de nosso planeta. Outras campanhas com o mesmo enfoque foram organizadas nos anos seguintes.
Então em 2011 a CNBB traz à tona  uma discussão urgente: Fraternidade e Vida no Planeta, “A Criação Geme em Dores de Parto”. Precisamos acordar! Precisamos nos unir! Precisamos cuidar! Precisamos entender o que o Criador nos falou no Gênesis, quando depois de tudo ter criado “Viu que tudo era muito bom”.
A Diocese de Criciúma sempre tem se manifestado em favor da vida. Seguindo a orientação da CNBB na campanha da Fraternidade de 2011 nossa Diocese publicou na Revista da própria Diocese na edição de junho/julho o Manifesto contra a instalação da Usitesc (Usina Termoelétrica Sul Catarinense), embasada em informações de professores ligados às questões ambientais da UNESC ( Universidade do Extremo Sul Catarinense) representantes dos Movimentos Ambientais da Região Sul Catarinense e também de lideranças locais.
Fala-se em recuperação dos antigos passivos de mineração, entendendo o termo “Recuperar”, como devolver algo que está deteriorado ou defasado ao seu estado ou condição anteriormente normal e satisfatório. Entre os minerais extraídos em nossa região o carvão tornou-se um câncer incurável, nossos rios estão completamente poluídos e sem vida. A água destes rios não servem para consumo em nenhum ramo de agricultura ou indústria. Mesmo que algum processo de despoluição fosse feita, ainda assim estas águas continuariam impróprias para uso ou consumo humano, animal e vegetal. Como podemos constatar, a recuperação é algo inatingível; a água, nosso bem maior, está sendo usurpado por empresas mineradoras particulares que tentam nos fazer acreditar que a energia produzida através da queima do carvão é necessária as reservas nacionais.
Nossa Diocese se manifesta a respeito deste assunto também no Plano Diocesano de Pastoral 2012-2016 no artigo 31, página 21, quando aponta a realidade das cidades dentro do território diocesano que sofreram e sofrem com a extração do carvão, areia e argila.
Diante desta realidade solicitamos a todos as pessoas que de uma forma ou de outra estejam envolvidas com o próximo Leilão de Energia, que tenham o mínimo de bom senso. Nosso povo está ficando sem água potável. Famílias estão sendo abastecidas por caminhões pipa onde antes nunca havia faltado água. Nossa agricultura, nossa pesca, nossa subsistência está por um fio.
Estudos nos mostram que a obtenção de energia por meios que agridem o meio ambiente é letal a sobrevivência do ser humano.
Diante deste contexto nós, fieis e integrantes da Diocese de Criciúma, amparados por estudos ambientais, nos posicionamos contra a inclusão do carvão mineral no Leilão de Energia.
Sem mais, nos colocamos a disposição para aprimorar esta discussão e aprofundar o debate sobre as formas mais justas e ambientalmente coerentes para a geração de energia, sendo limpa e sustentável.

 
Atenciosamente...


Cúria e Secretariado de Pastoral
Rua João Pessoa, 16, caixa postal 94, 88.801-530, Criciúma – SC / Fone.Fax: (48) 3433 6313
www.diocesecriciuma.com.br / secretariado@diocesecriciuma.com.br
 

Dom Jacinto Inácio Flach
 
Criciúma -SC 12 de dezembro de 2013

domingo, 6 de julho de 2014

CARVÃO MINERAL, O COMBUSTÍVEL FÓSSIL MAIS DEGRADANTE E MAIS CARO DE TODOS!!!

CARVÃO MINERAL, O COMBUSTÍVEL FÓSSIL MAIS DEGRADANTE E
MAIS CARO DE TODOS!!!

            A ganância não tem limites, pois estamos perdendo as batalhas e se continuar neste ritmo perderemos a guerra contra o poderoso setor carbonífero do sul de Santa Catarina, visto que minas de carvão continuam sendo abertas para a extração do minério e continuam poluindo todos os recursos naturais por onde passam, principalmente a água. Depois de explorado e beneficiado vai para a queima no Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda 857MW, em Capivari de Baixo/SC, o maior da América Latina, promovendo as emissões de gases que causam chuva ácida e o efeito estufa, sem nenhum controle confiável, pois são os próprios funcionários da multinacional Tractebel/Suez que fazem o monitoramento das emissões.
            O lobby das mineradoras tem apoio da classe política seja governante ou não, pois as campanhas eleitorais são financiadas com altas somas que são respeitosamente pagas com favores de ordem políticas que beneficiam o setor carbonífero em todos os aspectos, inclusive junto aos órgãos responsáveis pela fiscalização e licenciamento ambiental, ou seja, sempre ganham todas!!!
            O trabalho da mineração no sul de SC é praticamente no subsolo, fazendo com que o mineiro tenha que se sujeitar a uma espécie de trabalho escravo, ou seja, descer diariamente aos subterrâneos inóspitos, perigosos e insalubres causadores de doenças pulmonares como a pneumonoconiose - a doença do pulmão negro. Por conseguinte, o reconhecimento do Estado ao aposentar com apenas 15 anos de serviço, assim um jovem que começa a trabalhar aos 18 anos se aposenta com 33 anos, porém para viver com a qualidade de vida comprometida. Uma injustiça socioambiental imperdoável!     
            Ao longo destes últimos 34 anos muito pouco resolveram nossas denúncias de crimes ambientais, pois as três bacias hidrográficas do sul de Santa Catarina (Araranguá, Urussanga, Tubarão) estão totalmente comprometidas com o baixo pH das águas ácidas que não permitem nenhum tipo de vida nos cursos d'água. Um dos maiores crimes ambientais do país, tanto que a região esta enquadrada no decreto 85206/80 como umas das áreas mais ambientalmente mais críticas do Brasil.
            Além dos políticos e governantes, a mídia barriga verde também é cúmplice, pois tem conhecimento dos impactos ambientais causados, mas nada faz senão divulgar apenas aquilo que é de interesse do setor carbonífero do sul de SC. A propaganda é tão intensa e sutil que grande parte da população se omite perante o conflito e outra parte passa a acreditar que a verdade é o que eles divulgam e não os fatos que comprovamos existir, ou seja, aqui parece estar funcionando o efeito da propaganda criada pelo nazista Goebbels, quando a ''mentira'' passa a ser mais acreditada que a verdade!
            Quando tínhamos entendido que o projeto da USITESC 440MW para Treviso/SC havia sido engavetado, nos enganamos, pois é bem possível que o governo federal (leia-se MME) faça uma equação política para a térmica USITESC 440MW participar do leilão da ANEEL, mesmo comprovadamente sendo a energia mais poluente e mais cara do mundo!
            A FATMA ainda não informou qual a data da próxima audiência pública para a Mina Maracajá, mas ficou prometida que a próxima seria realizada aqui em Araranguá mesmo sob o protesto do prefeito de Maracajá. A Mina Maracajá irá adentrar o subsolo araranguaense podendo comprometer os lençóis freáticos e aquíferos, fazendo secar poços e açudes e, consequententemente, córregos e riachos da superfície territorial de Araranguá, da mesma forma que a mina 101 fez na localidade de Santa Cruz em Içara!
 
Tadêu Santos


Sócios da Natureza ONG
CNPJ 02.605.984/0001-60
Ofício de Registro de Pessoas Jurídicas, Araranguá - SC – Livro nº A-2, Folhas nº 039, Registro nº 364 de 18/05/1998.
ONG criada em 05 de Junho de 1980 para defender a natureza e uma melhor qualidade de vida para Araranguá e a região sul de Santa Catarina.
(Prêmio Fritz Muller de 1985 e Menção Honrosa do Prêmio Chico Mendes em novembro de 2010,
 instituído pelo ICMBio e MMA)
Ocupa a presidência do Conselho Ambiental do Município de Araranguá (COAMA) e
 a vice da Federação de Entidades Ecologistas Catarinenses (FEEC) além de ser
 Conselheira Representante da Região Sul do País no Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA
''Eleita para ocupar a vaga pertencente ao CONAMA no Conselho deliberativo do FNMA para 2014/2015"
CONSIDERADA DE UTILIDADE PÚBLICA PELO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ
Lei nº , 1817 de 15 de junho de 1998
‘’trabalhando exclusivamente de forma voluntária e sempre buscando objetivos de interesse coletivo’’

Rua Caetano Lummertz nº 386/403 – CEP 88900 000 – Araranguá – Santa Catarina
Celular:  48 – 9985 0053

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

CARVÃO AQUI NÃO!!!

MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ RESISTE CONTRA A INSTALAÇÃO DE MINAS DE CARVÃO EM SEU TERRITÓRIO.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA FOI APROVADA CONTRA A EXTRAÇÃO, BENEFICIAMENTO E QUEIMA DE CARVÃO MINERAL PELO PODER LEGISLATIVO E SANCIONADA PELO EXECUTIVO.
NÃO HOUVE DURANTE O PROCESSO NENHUMA PESSOA OU ENTIDADE CONTRÁRIA A PROPOSTA, PORTANTO A LEI CONTRA O CARVÃO É UNANIMIDADE ENTRE A POPULAÇÃO ARARANGUAENSE. SE O SETOR CARBONÍFERO ENTRAR COM UMA ADIN CONTRA O MUNICÍPIO ARGUMENTANDO QUE O SOLO É DE DOMÍNIO DA UNIÃO SERÁ REPUDIADO, POIS QUALQUER MUNICÍPIO TEM QUE TER SOBERANIA NA DEFESA DOS SEUS RECURSOS NATURAIS, BASEADO NO PODER ESTIPULADO PELO SISNAMA. NÃO PERMITIREMOS QUE INTERESSES PRIVADOS COMETAM DANOS A NATUREZA QUE POSSAM COLOCAR EM RISCO OU COMPROMETER O SISTEMA HÍDRICO SUBTERRÂNEO E SUPERFICIAL DO NOSSO MUNICÍPIO, JUSTAMENTE ESTA ATIVIDADE QUE ‘’MATOU’’ O NOSSO RIO ARARANGUÁ. NÃO SEREMOS COVARDES EM ACEITAR ESTA HUMILHAÇÃO, NÃO SEREMOS INGÊNUOS EM ACREDITAR QUE NÃO MAIS POLUEM COM TECNOLOGIAS LIMPAS... A UNIÃO SÓ TEM O DIREITO DE INTERFERIR OU AUTORIZAR INTERFERÊNCIA NO SUB SOLO DO MUNICÍPIO SE FOR POR ALGUMA QUESTÃO DE SEGURANÇA NACIONAL.
TADEU SANTOS - ONGSN